sábado, 7 de março de 2009

MAGMA: a poesia de Guimarães Rosa


Para aqueles que só conhecem a prosa, apresento alguns versos do grande escritor ROSA, pincelados do seu premiado livro de poemas, intitulado MAGMA.

Rosa foi um desinventor das palavras.

Bibliocausto


E só ficará comigo

o riso rubro das chamas, alumiando o preto

das estantes vazias.

Porque eu só preciso de pés livres,

de mãos dadas,

e de olhos bem abertos.



Revolta


Mas não quero ir para mais longe,

desterrado,

porque a minha pátria é a memória.


Saudade


Pressa!...

Ânsia voraz de me fazer em muitos,

fome angustiosa da fusão de tudo,

sede da volta final

da grande experiência:

uma só alma em um só corpo,

uma só alma-corpo,

uma só,

um!...

Como quem fecha numa gota

o Oceano,

afogado no fundo de si mesmo...




6 comentários:

  1. Lindo poema esse "Saudade". Muito inspirador. Parabéns pelo blog! Bj!

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  2. gostei muito do revolta é quase a minha cara

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  3. Bibliocausto... Existencial, rumo ao concreto... Tem muito de história do pensamento filosófico (do humano, porque não?!) nesse poema... Como diriam adolescentes intelectualizados que vivem de Heavy Metal... Bizarro! Hehe

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  4. Manda todo o poema Bibliocausto por favor, não o lembro mais.

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  5. mas a linguagem é difícil.
























































    o poema é lindooooooooooooooooooooooooooooooo[....................]

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