
Afora o poema-dedicatória escolhido por Lívia, que guardo pra mim, este, transcrito abaixo, logo me chamou atenção:
COMPARAMENTO
"Os rios recebem, no seu percurso, pedaços de pau,
folhas secas, penas de urubu
E demais trombolhos.
Seria como o percurso de uma palavra antes de
chegar ao poema.
As palavras, na viagem para o poema, recebem
nossas torpezas, nossas demências, nossas vaidades.
E demais escorralhadas.
As palavras se sujam de nós na viagem.
Mas desembarcam no poema escorreitas: como que
filtradas.
E livres das tripas do nosso espírito."
(O quadro "Solidão vertical"que ilustra a postagem é de Martha Barros, filha do poeta).
Pensei que tu num ia mais voltar, machu véi! Tokuma ideia... Lig pra mim... Pense num dialeto cearensês serpentiadu-axiomatiku-virtuosis, aff! Tu manja (eh o novo!) Manhattan Connection? Pois nosso vai ser Tripa-Gaitera! Lig pra mim bichin! Abs PCSampaio
ResponderExcluirEsse poema é a coisa mais liiinda! Salve Manoel de Barros e de Terras!
ResponderExcluirBeijos da amiga
Tércia
Que beleza, hein, Ricardo?
ResponderExcluirLembro que no filme-documentário "Janela da Alma", que buscaria "o que há vindo do que se vê - da alma", o Manoel de Barros é entrevistado e a primeira coisa que ele diz é: Olha, eu acho que vocês não vão ter muita coisa comigo. Eu sou/escrevo o que reconheço lá fora, não "o que minha alma constata"...rs... Fora jogos, ele é imensamente surpreeendente e encantador! Valeu! Abraços
Quando - e se - um dia eu crescesse, queria ao menos saber ler uma poesia assim. Dá vontade de comer cada imagem, pra tentar ser bonita por dentro, se por fora já não é mais tempo.
ResponderExcluirDo teu blog, o que posso dizer? É "a tua cara". Quem te conhece há de concordar. Entrei de gaiata, e na certeza de aprender muita coisa. Abração.