sábado, 7 de agosto de 2010

Belas e esquecidas canções II


Fumo
Raimundo Fagner / poema de Florbela Espanca


Longe de ti são ermos os caminhos

Longe de ti não há luar nem rosas

Longe de ti há noites silenciosas

Há dias sem calor, beirais sem ninhos


Meus olhos são dois velhos pobrezinhos

Perdidos pelas noites invernosas

Abertos sonham mãos cariciosas

Tuas mãos doces, plenas de carinhos


Os dias são outonos, choram, choram

Há crisântemos roxos que descoram

Há murmúrios dolentes de segredos
Invoco o nosso sonho, estendo os braços



E é ele, ó meu amor, pelos espaços

Fumo leve que foge entre meus dedos.




Dono Dos Teus Olhos
Humberto Teixeira

Não te esqueças que eu sou dono dos teus olhos
Faz favor de não espiar pra mais ninguém
Esse azul cor de promessa dos teus olhos
Faz qualquer cristão gostar de tu também
Que nosso senhor perdoe os meus ciúmes
Quando penso em cegar os olhos teus
Pra que euSomente eu seja teu guia
Os olhos dos teus olhos
A luz dos olhos teus

Um comentário:

  1. Na 3ª linha poderia ser "Esse castanho cor de promessa dos teus olhos" ...meus olhos não são azuis... Imaginei ouvindo isso de meu amor, dito assim ao pé do ouvindo... rs Mt lindo!

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