domingo, 19 de julho de 2009

Presenças do Outro


A constituição de nossa própria identidade, a partir do sentido que atribuimos à presença do Outro, é fato prepoderante em uma visão de linguagem como prática social. No entanto, quem seria ou É esse Outro? Um ser real? Uma construção do discurso? Que marcas ou figuras da linguagem convocamos para dar-lhe textura?


Uma dica de leitura para aqueles que se aventuram nos horizontes da Semiótica e vislumbram respostas para essas perguntas: Presenças do outro, de Eric Landowski, da ed. Perspectiva, 2002. Segue um belíssimo trecho do livro:


O outro não é apenas o dessemelhante – o estrangeiro, o marginal, o excluído – cuja presença presumivelmente incomodaria (por definição) mais ou menos. É também o termo que falta, o complementar indispensável e inacessível, aquele, imaginário ou real, cuja evocação cria em nós a sensação de incompletude ou o impulso de um desejo, porque sua não-presença atual nos mantém em suspenso e como que inacabados à espera de nós mesmos (p. 12).

Nenhum comentário:

Postar um comentário